Inovação no varejo: como se adaptar e acelerar resultados?

A inovação no varejo trouxe muitas coisas boas, mas também criou muitos desafios. Principalmente para as grandes corporações, que operam em suas indústrias há anos e têm processos de trabalho já estabelecidos.

Essas empresas arraigadas mostraram-se particularmente suscetíveis às disrupções tecnológicas. Para ter uma ideia, 52% das organizações que compunham a Fortune 500 no ano de 2000 agora estão fora da lista. Isso porque não conseguiram fazer a mudança digital.

A tecnologia está modificando as indústrias, destruindo estruturas de poder tradicionais e tornando antigas formas de trabalho obsoletas.

Como então se adaptar e não ficar para trás?

No post de hoje, falaremos sobre a importância de acompanhar a inovação no varejo. Além disso, vamos apresentar previsões de como o varejo deve ser modificado nos próximos anos. Acompanhe conosco e saiba como acelerar seus resultados!

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Experiência do consumidor: a grande propulsora da inovação no varejo

Não dá para falar de inovação no varejo sem mencionar a grande razão pela qual ela existe. Estamos falando da experiência do consumidor.

Para entender melhor, vamos pensar nas suas próprias experiências pessoais. Pense em como você fazia compras antigamente. Imagine, por exemplo, que precisasse  agora de uma nova geladeira.

Você provavelmente teria um número restrito de opções de lojas para visitar e pesquisar preços. Além disso, dependeria das informações passadas pelo vendedor sobre cada produto. Assim, você decidiria qual é o melhor modelo para comprar.

Agora pense na mesma situação hoje. O consumidor da atualidade tem o poder da informação — e este é um poder muito relevante.

Você pode pesquisar preços e reviews de diversas geladeiras para tomar uma decisão muito mais centrada. Mais do que isso, você tem acesso à lojas e fornecedores de praticamente todo mundo.

Por isso, o consumidor não está interessado apenas em um bom produto. Você (e todo mundo!) quer ter a certeza de ter a melhor experiência de compra e, dessa forma, ficar satisfeito.

Ou seja, aquela marca/revendedor que lhe fornecer o processo de aquisição mais confortável ganhará seu coração e, claro, seu dinheiro.

E como fazer isso? Por meio da inovação no varejo.

Como as redes varejistas estão inovando na era digital

Para superar o problema de oferecer a melhor experiência ao cliente, os varejistas precisam estar no topo das novas tecnologias que poderiam ter um impacto sobre suas indústrias e quais delas oferecerão uma vantagem sobre seus concorrentes.

Uma das melhores maneiras de conseguir isso é por meio da criação dos Innovation Labs, ou laboratórios de inovação, um lugar na empresa para liderar novas ideias e desenvolvimento de novos produtos.

Grandes empresas constroem laboratórios de inovação fundamentalmente para recriar a atmosfera de uma startup.

Ou seja, um lugar no qual a tomada de riscos é incentivada e tudo é direcionado para estimular a criatividade e nutrir novas ideias, ajudando a desenvolver tecnologias e estratégias de negócios e recrutando talentos técnicos.

Embora os laboratórios de inovação sejam tradicionalmente associados a empresas de tecnologia, eles estão sendo adotados por empresas de todos os setores, inclusive no varejo.

Grandes redes como a Target Corp, Jon Lewis e a Tesco, por exemplo, estão entre as dezenas de grandes corporações que construíram laboratórios para apostar na inovação no varejo.

No Brasil, a Magazine Luiza apostou na criação do Luiza Labs. Lançado em 2011, o laboratório da grande rede brasileira hoje possui cerca de 20 mil funcionários e foi um dos grandes responsáveis pelo lucro recorde que a loja registrou no ano passado.

Mas o que exatamente os Innovation Labs estão trazendo de novidade para o mercado? É sobre isso que falaremos a seguir.

Quais as principais formas de inovação no varejo

Vamos dar uma olhada nas principais inovações que estão aparecendo no varejo e em algumas dicas de como implementação-las:

1. Sincronia entre a venda online e física

Bem, esta inovação no varejo não é surpresa. A retirada na loja a partir de uma compra feita online está no topo da lista porque este ;e um serviço cada dia mais desejado pelos consumidores.

A experiência de compra nesse caso é bastante reconfortante. Este serviço é certamente um desafio de logística, mas se você não estiver no nível de fornecer isso, é hora de reinvestir em um sistema com capacidade omnichannel.

2. Compras sem atrito

O conceito de compras sem atrito é a ideia de conectar compradores e vendedores de uma maneira que forneça aos consumidores a capacidade de encontrar instantaneamente os produtos ou serviços de que precisam.

Os consumidores podem comparar a loja em tempo real, depois comprar bens e serviços instantaneamente. Compras sem atrito significam que os consumidores estão no controle. À medida que o conceito evolui, junto com a tecnologia, os consumidores agora esperam ter essa experiência por meio de seus smartphones.

Além disso, as compras sem atrito significam eliminar tudo o que não agrega valor e impacta negativamente a experiência do consumidor. Exemplos incluem exigir que os consumidores façam cartões de fidelidade ou esperem pela impressão de recibos em papel.

3. Prova social (social proof)

Esta inovação no varejo começa online, mas tem um impacto cada vez maior nas decisões de compra dos clientes em todos os canais. A prova social se baseia na ideia de atestar ao consumidor a qualidade de um produto por meio da recomendação do público pelas redes sociais.

A ideia aqui é alavancar a “mentalidade de rebanho” estudada por psicólogos para levar mais pessoas às lojas. Isso pode ser feito fornecendo o número de curtidas em tempo real de um produto ou utilizando dos chamados influenciadores, pessoas com muitos seguidores nas redes sociais que possuem “poder de influência” sobre estes.

Também é possível usar a capacidade de fornecer produtos sugeridos com base nos interesses e amigos de um consumidor no Facebook, dizendo algo como “10 de seus amigos compraram esse item” ou “esse é um item mais vendido de 2017” em uma notificação. Pode parecer brega, mas funciona.

4. Geolocalização, Beacons, RFID e NFC

Todos essas tecnologias possuem sua própria aplicação e benefícios. A geolocalização é ótima para levar as pessoas à loja em primeiro lugar.

Em seguida, quando o cliente estiver na loja, você pode utilizar os beacons para melhorar a navegação dos compradores, anunciando as vendas no próximo corredor por meio de uma notificação no smartphone do cliente ou fornecendo detalhes relacionados a um produto que ele está vendo naquele momento.

À medida que avançamos, a RFID é uma tecnologia de localização de curto alcance usada principalmente para extrair informações apenas com base no sinal de uma tag (como um código de barras).

Isso permite uma verificação sem atrito, eficiências operacionais mais fáceis e facilidade de pagamento, embora ainda seja uma tecnologia em crescimento.

O NFC, por sua vez, tem sido uma ideia de loja que realmente está crescendo rapidamente. Essa é a tecnologia que permite ao cliente pagar uma compra apenas aproximando seu celular de um receptor.

5. Produtos que chegam até você

Em outra importante inovação no varejo, o objetivo é realmente transformar a loja em uma gigantesca máquina de venda automática.

Os clientes podem se aproximar do lado de fora da loja, apresentar seus pedidos feitos por um aplicativo no smartphone e, momentos depois, todo o pedido sai de um slot na lateral do prédio — como um drive thru.

Sim, talvez isso pareça um pouco contraproducente de certa forma, mas, no final das contas, trata-se de cumprir a ordem do cliente com o menor custo possível, da maneira mais conveniente e mais rápida possível. Este método cumpre todos esses requisitos e tende a crescer em popularidade, especialmente nos grandes centros urbanos.

O mercado de consumo está mudando a cada dia. Este post teve como objetivo servir como um ponto de referência para os tipos de tecnologias disponíveis para fazer as coisas acontecerem.

Você deve constantemente ter a inovação no varejo em mente se você pretende ter sucesso a longo prazo no varejo. Sem isso, certamente o consumidor levará seu dinheiro para outro lugar.

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Samuel M Basso

Mais de 16 anos de experiência na área de tecnologia da informação Samuel é um executivo de negócios de TI, empresário e professor. Tem uma grande experiência em análise e desenvolvimento de sistemas de gestão, marketing digital, consultor de micro e pequenas empresas.

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